30 março, 2011

Empresariando

Quando você pensa em línguas estrangeiras, em particular o inglês, logo vêm à mente longas e tortuosas aulas do colégio, ou ainda anos e anos estudando em curso livre de idiomas? Sinto dizer, mas você é parte de uma maioria formada por adultos em diversas profissões, inclusive executivos e diretores, que apesar da necessidade e empenho, ainda não falam a língua inglesa. Muitos lêem bem, alguns conseguem compreender razoavelmente quando ouvem, mas ao precisarem falar ou escrever, deparam-se sempre com o mesmo problema: não foi suficiente.

Somos contra discriminação de escolas e métodos, e acreditamos que todas as pessoas são capazes de aprender de uma maneira ou de outra. O que é imprescindível é que desenvolvam estratégias de compreensão e aprendizado, de acordo com o que lhes é oferecido na língua, e autonomia, para buscar o que está além. Muitas vezes, no entanto, é preciso aumentar de alguma forma a oferta de oportunidades de praticar o que já se sabe, e desenvolver aquelas competências que estão enferrujadas ou mesmo inexploradas.


A Consultoria, nestas horas, pode ser uma boa opção se a comunidade onde o inglês precisa ser mais desenvolvida é no dia-a-dia da própria empresa. Há diversas atividades que podem ser aplicadas para que, mesmo em níveis de conhecimento diferentes, se incentive os funcionários a se envolver no crescimento pessoal e profissional que saber uma outra língua traz.

Algumas idéias que podem ser colocadas em prática se adaptadas a cada realidade:
  • Comunicação Interna
  • Desempenho na língua e Auto-avaliação
  • Entrevistas

Por outro lado, muitas vezes é preciso capacitar os líderes para a função de orientar seus funcionários em suas próprias buscas, da forma mais profissional posível, para que não alimente o medo ou vergonha de falar, como já comentamos aqui. Além disso, muitas vezes é esse líder que bloqueia seu próprio progresso, como instigar os outros a avançar? Neste caso, a idéia é trabalhar de forma individualizada, como por exemplo:
  • Atualização (alicerçado pelo domínio da língua estrangeira)
  • Cultural clashes e como evitá-los
  • Language Coaching
Não, desta vez não vou falar de imersão, o assunto merece um post só para ele, em breve!


(Este post foi inicialmente publicado em 30/03, mas seu link não estava funcionando por algum motivo misterioso. Por isso, foi republicado na mesma data)

21 março, 2011

Confirmando e criando novas expectativas

O Florianópolis Convention Visitors Bureau apresenta o resultado de uma pesquisa feita em 2010 sobre o perfil do turismo de eventos na capital, do turista ao impacto econômico. A cidade é hoje o quarto destino de eventos internacionais, melhorando em duas posições desde o último ranking, comentado neste blog em janeiro.
O resultado desta pesquisa, feita em parceria com a FGV, vai direcionar ainda mais os serviços e a capacitação de profissionais do setor, visando atender o público com este perfil. Apesar de, segundo a pesquisa, o percentual de turistas estrangeiros ainda ser muito baixo, isso está mudando, principalmente porque quase a totalidade visitava a capital pela primeira vez, mas afirmou ter a intenção de voltar.
Outra curiosidade que muito nos interessa é a procedência destes visitantes: dos países que desembarcaram mais para o turismo de negócios, os cinco mais foram Estados Unidos, Alemanha, China, Inglaterra e Uruguai! Houve ainda países com números não tão impressivos, como Bolívia, Colômbia, Suécia, Japão e Argentina, e outros, mais isolados. Assim, mesmo que o nosso mandarim esteja um pouco enferrujado, percebe-se que o inglês e o espanhol são, cada vez mais, utilizados em busca de um atendimento  que priorize o cliente - e sua "fidelização".


Mudando de assunto... Mas continuando a falar do turismo, desta vez de lazer e especificamente, o europeu: o estado de Santa Catarina tem começado a ser privilegiado nas agências que vendem pacotes turísticos para o público alemão, fugindo dos "exóticos" Rio e Bahia. Isso foi confirmado pelo presidete da Santur e o Secretário do Estado de Turismo em Berlim, durante uma feira no mês de março: o trabalho de divulgação iniciado em 2003 tem dado frutos, levando cada vez mais produtos catarinenses para o mercado alemão e trazendo um número maior dos turistas que mais gastam em viagens...
E como vamos atender a essa demanda? Aprendendo todos os idiomas? Que tal simplificar ao capacitar profissionais diversos a dar informações básicas e ajudar o cliente "naquele momento" em duas das línguas mais faladas mundialmente? É a chance de SALVAR CLIENTES...

17 março, 2011

Saint Patrick's Day e a importância da cultura

Para quem não sabe, e até diria a maioria das pessoas, hoje é comemorado o dia de São Patrício, padroeiro da Irlanda - que, por sinal, está comemorando desde ontem, até domingo, já que agora podemos dizer "Saint Patrick's Festival". Como a cor do país é verde (a ilha é chamada de Emerald Island), e o símbolo um trevo de três folhas, acostumou-se a comemorar este dia com esta cor. Em lugares onde a imigração irlandesa foi intensa, em especial algumas cidades dos EUA, rios literalmente tornam-se verdes, há desfiles, shows e, claro, muita gente comemorando em bares (ou pubs). Aqui em Floripa há alguns "pubs" que estão também na festa, sempre servindo a cerveja escura que é quase como um símbolo nacional irlandês, a Guinness. E tenho certeza de que muitos clientes estarão se sentindo em casa, ou pertinho dela!

OK, você não gosta de cerveja, ou mesmo do sabor único de uma pint (!!) do líquido escuro e amargo que é tão cultuado. Talvez você nunca tenha ido à Irlanda, não seja católico, nem goste de verde. Mas, se você fala uma língua estrangeira, este post é para você também. Porque é o exemplo perfeito de diferenças culturais que devem ser respeitadas para que você não seja somente mais uma pessoa que sabe palavras e frases em outro idioma, sem se dar conta do quanto isso reflete do povo que o fala.
Segundo a organização do Festival, ele existe para refletir os talentos e conquistas do povo irlandês. É, também, uma ótima oportunidade para saber mais sobre o país e não dar gafes... Como chamá-los de ingleses ou ler alguma palavra em irlandês e achar que é somente um dialeto, por exemplo...


Uma curiosidade: este dia foi escolhido por ser o aniversário de morte de São Patrício, que usava o trevo para explicar aos pagãos sobre a santíssima trindade católica, MAS... A planta também já era sagrada para os celtas,  e durante o controle da ilha pelos ingleses, quando sua língua e religião foram proibidas, muitos habitantes ostentavam esse símbolo nacional com orgulho contra o governo.
Cheers!!

15 março, 2011

Apertando a tecla SAP do seu ambiente profissional

Sabe aquela conversa sobre ter vergonha ou medo de falar (inglês) em público? Pode ser pior ainda no local de trabalho. Tem desde aquele colega que te corrige na maldade na frente do chefe, até o que é seu amigo e só quer te ajudar, mas não percebe que te deixa nervoso. Pior ainda, tem aqueles que não respeitam o seu "tempo de pensar" antes de responder, imaginando que está tendo problemas com a língua, e não com a melhor forma de formular certa idéia nessa língua...
Outro dia encontrei um blog de uma professora particular de inglês de SP que me chamou a atenção: "vencendo o medo de falar inglês". Ela usa uma frase muito interessante: quanto maior a responsabilidade, maior a pressão e, por consequência, o bloqueio. Parece óbvio, não é? Não, para muitos é difícil ver essa lógica, pois parece que, se você tem mais responsabilidades, é porque sabe cuidar delas. Mas na prática não é bem assim.
E como resolver isso? Estudando, praticando e... Relaxando, claro! Mais uma vez, não é tão óbvio assim, mas ter em mente que o que está em jogo ali é seu poder de decisão, não sua fluência em outra língua, pode ajudá-lo a não se preocupar tanto com interrupções e correçoes. E o jeito mais fácil disso acontecer é quando todos conhecem o "estilo" da pessoa também em outro ambiente linguístico. Então, fretamos um jatinho com a empresa toda para algum país de língua inglesa?

 É um pouquinho só complicado. Que tal levar esses mesmos executivos, secretárias e assistentes que já têm conhecimento da língua para, digamos, um final de semana, com diferentes abordagens culturais, completamente em inglês? Ufa, bem mais fácil!


E é isso que os programas de imersão fazem, geralmente. A vantagem de ser feito com os colegas, além da citada acima, é que podemos direcionar o vocabulário e tipo de linguagem para exatamente o tipo de interação profissional que estamos buscando. Além disso, cria um vínculo de cooperação, ao invés de competição ou impaciência no uso da língua, amplia os horizontes dos participantes ao apresentar novos elementos culturais e. Além disso, é uma delícia se "desligar" por 30 horas em meio à Natureza

Ficou curioso ou sentiu que é a sua chance? SWITCH.

09 março, 2011

O Carnaval e suas fantasias

Pois é, Quarta-feira de cinzas é mesmo tempo de se recolher, pegar os últimos vestígios daquela fantasia de folião e voltar a ser um cidadão respeitável, certo? Nãããão, já foi o tempo que ir brincar nos blocos ou na passarela era sinal de imaturidade, hoje vergonha é não aproveitar as oportunidades de viver cada vez melhor.
Mas, por incrível que pareça, isso não acontece ainda quando o assunto é a língua inglesa. Há muitas pessoas que têm o inglês pré-intermediário ou acima, mas sentem vergonha de falar e ser considerada esnobe ou ignorante, dependendo do grau de conhecimento da pessoa com quem está falando.


Carnaval e diferentes posições "sociais" me lembram a história das máscaras de Veneza. Inicialmente, os nobres se divertiam em bailes de máscaras, e o povo nas ruas. Depois, como os rostos por trás dessas belas fantasias eram um mistério, começaram a se misturar e comemorar juntos. E virou história e atração internacional...
Sabe aqueles vídeos do técnico Joel Santana, ou do jogador Anderson, por exemplo? Podem conter muitos erros, mas eles conseguiam se comunicar em um ambiente estranho. Além disso, pode-se dizer que estavam entre os melhores em suas profissões, e ganhando em rand ou libra . Enfim, vergonha por quê?

Algumas dicas:
  1. pare de tentar fazer traduções o tempo todo, principalmente "ao pé da letra". Existe um motivo real para que as aulas comunicativas sejam feitas de forma situacional, não simplesmente focada em vocabulário ou gramática. Assim a conversa não fica parando toda hora e não dá a impress~çao de que você não sabe "nada".
  2. pegue algo que realmente gosta e use-o para estudar. Música, livros, revistas de celebridades, o que for: fazer algo com prazer é quase garantia de aprendizado, e não é "esforço". Pronúncia e vocabulário, principalmente, são ótimos! E quando você for conversar e fazer uso deles, pelo menos vai ser um assunto familiar, que não vai te deixar inibido.
  3. Não corrija o colega que estiver se esforçando, ou ele é quem vai ficar com vergonha... Aproveite todas as oportunidades que tiver para conversar, sem medo de se "mostrar", porque tudo é aprendizado! Além disso, pode ser uma ótima oportunidade para você usar aquelas expressões de interesse que são mais culturais que gramaticais, ou ainda ver como é perfeitamente possível ser compreendido sem ter uma pronúncia BBC, deixando-o mais relaxado.
  4. Não fuja doas oportunidades. E essa frase dispensa qualquer explicação, não?
  5. continue estudando. Ás vezes precisamos de um ventinho para nos empurrar, mas depois precisamos pegar o embalo e fazer essa hélice girar!

Vale a dica: em junho acontece o Carnaval de Nova Veneza, no sudoeste do estado. Mais uma oportunidade para colocar a máscara, só espero que esta não seja para se esconder ;-)

04 março, 2011

What about TEACHER DEVELOPMENT?


Pois é, quando pequenos aprendemos que tínhamos de respeitá-los, pois eles estavam lá para nos "ensinar", dizer as "verdades" que íamos precisar saber para crescermos e aparecermos. Mas hoje as coisas mudaram muito, do relacionamento professor-aluno à postura profissional e pedagógica.
A falta de respeito aparece nas manchetes de jornais, quando sabemos que algum profissional é agredido, ou pior, por pais e/ou alunos. Se os professores tentaram mudar por anos a imagem de "vocação à profissão" que muitos acreditavam necessária para a escolha pelo magistério, agora estamos voltando à ela, por que se não, quem se disporia a passar por isso? Aqui, como no post anterior sobre talento, vale sempre lembrar que não se nasce pré-determinado, mas constroem-se pontes e caminhos com nossas decisões.

Quem está no meio sabe que, felizmente, não é bem assim.E a prova disso é que, nessas novas relações, cabe muito mais a troca de experiência prévia entre professor e pupilos. A prática pedagógica também vem mudando, tornando muito importante que o profissional do ensino em qualquer área e nível não se acomode, "reciclando" não só conhecimentos, mas técnicas e atitudes também.
E essa atualização deve acontecer em diversos momentos da vida, não só nos de educação formal. De acordo com o British Council, orgão britânico responsável pelas relações culturais internacionais, treinamentos têm mais a ver com atividades e rotinas em sala, além do conhecimento técnico; desenvolvimento, por sua vez, é o que se faz para tornar-se um eterno aluno, que sabe onde quer chegar, planeja seu caminho e o segue.




Quer preparar aulas interessantes, com conteúdo atualizado? Melhorar sua pronúncia? "Fazer" com que seus alunos gostem de ler e escrever em inglês? É preciso treinamento em diferentes abordagens. Quer aumentar o prazer do que faz, ao ver que continua crescendo profissionalmente? Aprender a se dar Feedback (e aos outros, também!) construtivos? Continuar a ser o "professor pesquisador" que, tenho certeza, era na universidade? Desenvolvimento profissional. E quando se juntam os dois processos, temos o que eles chamam de "Educação de Professores":
E para saber mais um pouquinho sobre você mesmo, professor: no Facebook, onde sua network pode aumentar um pouquinho mais, ou mesmo no próprio site do British Council, na seção especializada para professores, um quiz para você refletir.
Ótimo final de semana e Carnaval!

02 março, 2011

Competência X Talento

Já ouvi muitas vezes, como professora de inglês, que alguns alunos não têm jeito para outras línguas. Além de ser uma afirmação polêmica, me espanta sempre pelos autores dessa frase: os próprios aprendizes. Quando alguém diz isso, será que querem dizer que não nasceram com algum software mental, onde bastasse fazer um upload de informações e tudo estaria funcionando? Porque, se for assim, estamos falando de um talento que não tenho visto muito por aí...


Não vou entrar aqui na discussão sobre múltiplas inteligências, que é fascinante e merece espaço exclusivo, mas sobre como podemos nos desenvolver para que nossa carreira, seja ela em qualquer área e cargo, tenha perspectiva de desenvolvimento. Se talento é definido como uma qualidade superior ou uma disposição natural, competência pode ser aptidão também, mas a capacidade de julgar e resolver algum assunto. E competências, além de poderem ser treinadas, podem ser escolhidas de acordo com os seus objetivos: desde as sociais, como empatia e a capacidade de formar e manter relacionamentos, mesmo em situações difíceis, até a administrativa, que integra conhecimentos, habilidades e atitudes - o famoso C.H.A.

É importante que chamemos à atenção as Competências de Suporte, aquelas que parecem ser somente parte de personalidade, mas que apoiam o crescimento de tantas outras: motivação, humor, criatividade, iniciativa, flexibilidade, saber trabalhar em equipe. É interessante observar que, mesmo sem que elas fossem o foco dos nossos workshops, o tipo de abordagem e interação em nossos workshops propiciam também seu desenvolvimento.

É claro que quando pensamos em competências profissionais, não podemos deixar de citar o empreendedorismo e a liderança, mas acrescentamos a busca por novos conhecimentos e constante atualização não deve ser esquecida!