19 julho, 2012

Football?!

Hoje é o Dia Nacional do Futebol!

Este esporte consagradíssimo no nosso país, considerado o "esporte nacional", tem visto seus times, jogadores e técnicos - sem mencionar dirigentes - serem alvo de críticas. Mesmo assim , a cada conquista o povo comemora para valer, e algumas finais de campeonato são mais emocionantes que o próprio Mundial...

Mas falando nele, como anda nossa preparação para 2014? Não a financeira ou de infraestrutura, mas a de recursos humanos: as pessoas que estarão aqui, fazendo tudo funcionar, recebendo os visitantes... Apesar de ser uma questão importante e que está preocupando muita gente, vemos que isto ainda está sendo deixado de lado, ou para a última hora. Leia na íntegra a reportagem do UOL, intitulada:

Inglês segue sendo 'pedra na chuteira' do Brasil
"A escassez de pessoas com habilidades para comunicar em inglês no mercado de trabalho brasileiro ainda é grave. E, com a aproximação da Copa do Mundo (2014) e dos Jogos Olímpicos (2016) no País, o tema se tornou urgente. Essa foi a tônica do evento realizado na quarta-feira (11/07) no Centro Brasileiro Britânico. O painel “Diferentes Contextos e Desafios para o Inglês na Força de Trabalho”, promovido pela Cultura Inglesa São Paulo e pela TIRF - The International Research Foundation for English Education, reuniu dez especialistas para falar a uma plateia de mais de 200 educadores, empresários e profissionais de RH.
O enfoque do encontro foi nos países emergentes, com representantes de três das quatro nações que formam os Bric´s: Brasil, Índia e China. Para o embaixador da Grã-Bretanha no Brasil, Alan Charton, o país já se consolidou como uma economia forte, mas ainda há questões sistêmicas que precisam ser sanadas. “O próximo passo é a internacionalização do país e para que isso aconteça, é fundamental a aquisição do inglês pelos brasileiros”, argumentou. O representante britânico ressaltou ainda que há interesse em disseminar o inglês no mundo, em especial no Brasil. “Queremos ajudar porque é nosso interesse que os brasileiros tenham a proficiência do inglês por aqui”, arrematou.
Com a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, é crescente a exigência do mercado brasileiro por profissionais fluentes no inglês. Para a presidente da TIRF, Kathleen Bailey, esse momento é um grande desafio para os educadores. “O Brasil se prepara para, num futuro próximo, realizar eventos de repercussão mundial e nós vemos isso como um importante mercado, cheio de oportunidades”, destacou.
Na China, por exemplo, os taxistas tiveram de aprender no mínimo 30 frases em inglês para interagir com os estrangeiros presentes aos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. “Os motoristas que não cumpriram a exigência perderam suas licenças”, revelou o professor Jun Liu, chinês radicado nos Estados Unidos, onde leciona Linguística Aplicada na Universidade da Geórgia. Hoje 300 milhões de pessoas estudam inglês na China. O ensino começa no jardim da infância, mas lá também o maior problema é a fluência. “Como as classes são muito grandes,  os professores não conseguem interagir com os alunos que acabam aprendendo a escrever e ouvir, mas não sabem falar,” explica Jun Liu.
Para o diretor de assuntos corporativos da Microsoft Brasil, Rodolfo Fücher, um dos maiores desafios dos eventos esportivos que se aproximam é deixar um legado para as próximas gerações. “A Copa e as Olimpíadas são presentes que trarão muito dinheiro para o Brasil e é necessário que estejamos preparados”, destacou.
Fücher defendeu ainda que a tecnologia terá um papel fundamental na educação do povo brasileiro. “Já estamos acostumados a usar tecnologia. Votamos em urnas eletrônicas e somos um dos pouquíssimos países a adotar um processo 100% digital para declaração de impostos”, pontuou. Ele sustentou a tese do uso tablets, computadores e smartphones no ensino do inglês. “Temos que descobrir um caminho para que essas ferramentas auxiliem os professores.” Ele ainda defendeu que a tecnologia é um círculo virtuoso muito positivo para alavancar a educação no Brasil. “Com a educação temos inovações que impactam a sociedade criando necessidade de mais educação, fazendo essa roda girar”, finalizou.
As ideias do diretor da Microsoft Brasil reforçam os dados apontados por uma pesquisa realizada pela TIRF, apresentada durante o evento. Esse estudo demonstrou que o uso de tecnologias on-line como ferramentas de ensino e de aprendizagem é uma das tendências importantes no ensino da língua inglesa. A pesquisa foi realizada pelos professores Anthony Fitzpatrick (coordenador de quatro projetos European Centre for Modern Languages in Graz, na Áustria) e Robert O’Dowd  (Universidade de León, na Espanha). Eles investigaram mais de cem livros, artigos e relatórios recentes e dados de 20 estudos de casos de ensino de inglês para profissionais em 10 países – Brasil, Abu Dhabi, Alemanha, Austrália, Bulgária, China, Estados Unidos, Japão, Líbano e Suíça.
Inicialmente, a dupla identificou três tendências sobre o papel do inglês na mão-de-obra do século 21. A primeira denota que o inglês é visto pelas empresas nacionais como a chave para o acesso ao mercado internacional. Para as multinacionais, é usado para o contato entre funcionários de nacionalidades diferentes. A segunda tendência é o ensino de inglês para trabalhadores imigrantes em países falantes de inglês, como os Estados Unidos. Um relatório informa que neste país mais de 5% dos trabalhadores não falam bem ou simplesmente não falam inglês.
A última tendência mostra que os novos trabalhadores diplomados precisam desenvolver as “habilidades do século 21” tanto em suas línguas maternas como em inglês, a saber: capacidade de resolver problemas, se comunicar e colaborar com os outros, trabalhar em equipe, usar tecnologias online, ter análise crítica. A íntegra da pesquisa pode ser consultada pelo site da TIRF."

E você, já está sentindo os bons ventos da "internacionalização" dos eventos e profissionais?

02 julho, 2012

Desafio aceito!

Leia aqui sobre algumas iniciativas bacanas pelo país, que buscam a profissionalização - no sentido de preparar aqueles que precisam - de forma rápida e direcionada.

"Formar profissionais em idiomas estrangeiros para atender grandes eventos é desafio do país
Carolina Sarres
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Formar profissionais que dominem idiomas estrangeiros – especialmente o inglês – para atender a turistas, empresários, jornalistas, esportistas e representantes de delegações internacionais durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 é um desafio. Não há dados oficiais disponíveis que confirmem o déficit de pessoas que falem inglês no Brasil, mas os próprios estrangeiros no país confirmam que têm certa dificuldade para se comunicar.
De acordo com a pesquisadora em aprendizado e bilinguismo Nara Vidal, a inexistência de levantamentos ou bibliografia sobre o tema indica o atraso em debater a questão de forma ampla. “É extremamente difícil encontrar dados. Fontes informais indicam que apenas 10% da população brasileira falam inglês. E essa informação é bastante problemática e difícil de analisar, porque falar inglês é um conceito complexo. Há aqueles que sabem um pouco, sabem muito, são fluentes. Enfim, 5%, 10% ou 30%, seja o que for, não temos nem metade da população brasileira falando inglês”, informou Nara.

De portas abertas
A Agência Brasil falou com a enfermeira canadense Celine Purcell, 28 anos, em visita ao Brasil pela segunda vez, sobre a sua percepção da qualidade do inglês quando um estrangeiro é recebido no país. Para ela, é possível entender os brasileiros e se comunicar de forma simples. Celine explicou, no entanto, que não sente segurança para resolver problemas mais complexos, que poderiam envolver a necessidade de vocabulário mais avançado e fluência.
“Pedir uma refeição ou pegar um táxi não é problema. Ainda não passei por grandes dificuldades aqui, mas acredito que se precisasse comprar um remédio, explicar um sintoma no hospital ou me envolvesse em algum problema com a polícia, não conseguiria ser compreendida ou compreender de forma satisfatória”, disse.
Ao perceber a necessidade de os funcionários se comunicarem melhor para incrementar os negócios, Malu Farkuh, dona de uma lanchonete no Mercado Municipal de São Paulo, permitiu que três atendentes cursassem aulas de inglês pelo Programa É a Língua Que Nos Une, da prefeitura da cidade, em parceria com a São Paulo Turismo (SPTuris) e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “Elas não saíram falando inglês fluente, mas conseguem se comunicar com os clientes de fora e tem sido positivo. Inclusive, agora vão fazer o curso de espanhol”, disse Malu.
A funcionária dela, Maria de Lourdes Bezerra, 52 anos, se formou em abril pelo programa e foi oradora da turma de 13 alunos. Segundo Maria de Lourdes, falando inglês, as vendas aumentam e a satisfação dos clientes também. "Agora, posso oferecer mais coisas, antes a gente só ficava apontando. A partir do momento em que a gente fala inglês, muda o tratamento dos clientes em relação à gente. Se eles queriam comer uma coisa, já comem duas, querem experimentar e ficam curiosos”, explicou. Lourdes teve 40 aulas, de nível básico e instrumental, com foco em situações específicas do cotidiano do trabalho.
O mesmo fez a taxista Débora Boltolozi, 34 anos, que participou do Taxista Nota 10, que teve até o início deste ano mais de 11,3 mil inscritos. O curso de idiomas, oferecido gratuitamente pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), em parceria com o Serviço Social do Transporte (Sest), o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) e ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), é feito a distância para facilitar o acesso dos taxistas. As aulas são em CDs, com apostilas específicas.
“Fizemos eu, meu marido, minha irmã e meu cunhado. Dá uma base boa porque é dirigido à profissão. Foram três meses de curso, então dá pra ir se virando. Com o tempo, vou me soltando. O que vale é a prática”, explicou Débora.
Esses profissionais são os responsáveis por dar as boas-vindas a quem chega nas cidades e precisam estar preparados para isso. Nossa expectativa é que eles estejam cada vez mais preparados para gerenciar seus negócios e se tornarem um autêntico cartão de visita das cidades brasileiras, não só durante os grandes eventos, mas em todas as ocasiões em que o Brasil recebe turistas”, disse à Agência Brasil  o presidente da CNT e do Sest-Senat, senador Clésio Andrade (PMDB-MG).
(...)"

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