31 maio, 2011

A Aldeia Global - ou seu idioma - e os educadores

O conceito de aldeia global, criado na década de 60, dizia que o mundo ficaria "pequeno" e "unificado" diante dos avanços tecnológicos que estavam já mudando o mundo- e a passos bem mais lentos, então! Com (quase) o mundo todo interligado (menos o "subúrbio" global), as relações econômicas, políticas e sociais sofreram mudanças, sim, mas a própria idéia de que todos poderiam participar das decisões dessa "comunidade" gigantesca teve de ser alterada. Além dos excluídos, deve-se pensar nas questões culturais que enfrentamos todas as vezes que viajamos, lemos um texto na língua original, ou procuramos formas de fazer negócios com outros povos. Mesmo correndo o risco de ser repetitiva: dizer que "fala" outra língua é muito mais que conhecer palavras e seus equivalentes, é necessário o contexto cultural



Um mundo de informações
Mas, ao mesmo tempo, continua pesando nesse conceito de mundo a necessidade da chamada "língua franca". O novo não apaga as tradições, mas é preciso oferecer mais, ser (o) melhor, conhecer o que for possível; a internet disponibiliza muito, e na era 2.0 dá voz às minorias, interligando-as ainda mais, mas  muito desse conteúdo só é encontrado, principalmente, em inglês. Passa a ser importante, então, que usemos mais de uma língua em contexto, que nossa cidadania seja formada pela compreensão dos diversos textos que encontramos sob diversas formas (gêneros e tipologias textuais) nessa aldeia. O que foi dito, o que não foi mas deveria, o que está nas entrelinhas

Os professores no Brasil não são têm sua importância real reconhecida: fato mais que discutido e sabido;  mas os professores de língua estrangeira sofrem ainda o preconceito como "professores de códigos linguísticos", e não educadores para a vida, incentivadores do conhecimento que usam uma ferramenta chamada "língua estrangeira", seja ela inglês ou espanhol, as predominantes em nosso país, ou outras.
Mas o que os professores podem fazer em relação a isso? Felizmente as ações de Desenvolvimento Profissional fazem crescer também o profissional e ser humano que atua, não somente os que recebem a atenção e orientação. Buscar formas de se atualizar, tentar práticas novas, motivar-se, apesar dos tropeços políticos, vêm somente somar, e o que se aprende, é nosso para dividir, nunca ser subtraído.

Em tempos de Protestos e Passeatas convocadas pelo Facebook em favor da Educação, vídeos de professores em Assembléias Legislativas no Youtube, a aldeia global parece cada vez mais cheia de espaço para iniciativas. Dê o seu empurrãozinho, faça seu melhor. Não é conformismo, é orgulho de saber que você pode fazer a diferença na vida de alguém.

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