17 outubro, 2011

O Dia do Professor: food for thought

Curiosamente, alguns artigos que li neste último mês traziam nova luz para a forma como o ensino é - e anda sendo - visto atualmente. Esse é um pouto muito "querido" por mim, no sentido que me inflamo quando falo sobre eles. Curiosamente, também, ele vem de fontes diferentes: uma consultoria de Marketing, um portal de administradores, um portal infortimativo do ramo publicitário. É interessante notar o otimismo, do qual partilho, e exemplos reais, números que dêem mais credibilidade que precisamos para lembrar que, embora longe de onde podemos chegar, estamos tentando ir (e é esse verbo que faz toda a diferença)


"De volta ao Brasil, depois de quatro anos morando em Seul, um casal de amigos me propiciou um dos momentos mais interessantes de lazer e conhecimento. O encontro, além da satisfação em revê-los, provocou questionamentos sobre a valorização, ou desvalorização, reservada à prática do saber.

Meus amigos me relataram como os sul-coreanos se relacionam com a aquisição do conhecimento e os resultados dessa busca para o desenvolvimento acelerado de um país considerado primitivo há apenas 30 anos e como a devoção de um povo por seus valores e história é capaz de transformar esse mesmo país, arrasado por guerras e décadas de estagnação, na 4ª maior economia da Ásia e na 13ª do mundo, em curto espaço de tempo.

Para nós, brasileiros, é difícil imaginar jovens, em momentos de lazer, fazendo de restaurantes, bares e cafés pontos de encontro para refletir, discutir, trocar experiências e ideias sobre temas estudados nas universidades, mas é assim em Seul.

O conhecimento para a juventude sul-coreana não tem pausa, hora nem lugar. É uma necessidade quase fisiológica, como respirar. O aprender é visto como conquista, vitória. É o exercício do conceito de Francis Bacon, para quem “o conhecimento é em si mesmo um poder”.

Em nossa sociedade, o aprendizado geralmente está relacionado ao esforço, ao sacrifício: “Me matei para aprender.” As justificativas terceirizam a responsabilidade: “Falta dinheiro e política pública para a Educação.” O conhecimento é tratado de forma utilitária, limita-se à preparação para o trabalho, para a geração de renda: “Novos cursos de especialização abrem portas para promoções.”

Principalmente em nossa era da informação, é preciso evitar o superficialismo que nos oferece "uma vaga noção de tudo e um conhecimento de nada", como dizia Charles Dickens.

Acredito que devemos aprender com os grandes pensadores que definem o conhecimento não como a retenção de informações e sim como sua utilização para desvendar o novo, o que nos faz avançar, porque, quanto mais competente for o entendimento do mundo, mais satisfatória será a ação dos indivíduos que o detêm.

Precisamos transformar nosso tempo e espaço em “Tesouros dos remédios da alma”, como eram chamadas as bibliotecas no Egito. Por meio da mobilização e do inconformismo, criar núcleos de incentivo de busca pelo saber. Praticar o conhecimento como prazer e consciência de sua capacidade de levar a sociedade ao culto de valores éticos, à responsabilidade, à valorização do próximo, enfim, ao refinamento da personalidade."


"O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse hoje (30) que o ensino brasileiro ainda tem muitas deficiências, mas ressaltou que as mudanças no sentido de melhorar o cenário ocorrem em ritmo maior do que a média mundial. "Todos os relatórios internacionais que foram divulgados em 2010 dão conta de que o Brasil foi o país que mais ampliou a escolaridade média do trabalhador. Na faixa etária de 18 a 24 anos nós estamos ampliando a escolaridade média em um ano a cada cinco, nenhum país consegue fazer isso. A média mundial é um ano a cada dez", disse após participar de um debate sobre o tema.

Segundo Haddad, inclusive há uma percepção internacional sobre os avanços que é significativamente mais otimista do que a visão brasileira sobre as melhorias do sistema educacional. "Se você pegar os relatórios internacionais, você vai ver um painel muito diferente do que você vê aqui. Avaliações muito mais otimistas fora em relação ao Brasil", disse.

O ministro destacou ainda a necessidade de aumentar os investimentos na área para que o país possa sustentar o ritmo de desenvolvimento alcançado nos últimos anos. "A educação vai ter que receber uma maior atenção daqui para a frente e as políticas públicas têm que avançar no sentido de melhorar o financiamento", assinalou. "



"Os jogos Olímpicos de Londres só começam em 2012, mas este ano outro torneio mundial será realizado em solo inglês e terá a participação de três catarinenses. A WorldSkills Competition, considerada a Olimpíada mundial de educação profissional, terá entre os representantes de três joinvillenses - Leandro Duarte Machado e André Luis Peripolli (Robótica Móvel) e Natã Miccael Barbosa (Web Design), todos eles alunos do SENAI em Joinville. A participação dos catarinenses entre os melhores do mundo foi confirmada depois de alcançarem os índices mundiais em uma série de seletivas.
O 41º Torneio Internacional de Formação Profissional World Skills Competition reunirá cerca de 1200 jovens estudantes de 52 países no período de 4 a 9 de outubro de 2011 na cidade de Londres, Reino Unido. Eles disputam medalhas em 46 ocupações profissionais industriais, de bens e serviços.


Para chegarem ao mundial, os estudantes passaram pelas etapas estadual e nacional da Olimpíada do Conhecimento, com provas que exigiram cada vez mais conhecimentos, habilidades e atitudes, além de superar diversas provas de índice. No treinamento, os estudantes tiveram o apoio de professores do SENAI, entre eles participantes de edições anteriores do WorldSkills. Na última edição do mundial, disputada em Calgary, no Canadá, o catarinense André Martins Ramos conquistou a medalha de bronze em Web Design e desde então repassa sua experiência para outros estudantes. Andrei Rogger Belegante, que conquistou a sexta colocação em Robótica Móvel no mundial, juntamente com Klédson Alves, agora ajuda na preparação da dupla de Joinville.


A vontade de estar entre os melhores do mundo em robótica móvel faz com que os jovens Leandro Duarte Machado e André Luis Peripolli treinem juntos 12 horas por dia, todos os dias. Mas independente dos resultados na competição, a dupla já observa os benefícios da preparação. "Nos últimos anos, desenvolvemos nossa habilidade de tomar decisões e de lidar com o tempo, mas sempre melhorando a qualidade das tarefas realizadas", conta Leandro. Para seu parceiro, André, há uma relação estreita entre o que é cobrado no World Skills (e na Olimpíada do Conhecimento) e o que é acontece na indústria. "Apesar de usar um robô didático, na indústria não é muito diferente, pois os fundamentos da estrutura do robô e de sua programação são os mesmos", explica.


Em outubro, outros 120 estudantes catarinenses disputam a etapa estadual da Olimpíada do Conhecimento, com provas em 13 cidades. É o início de um novo ciclo que pode levá-los ao Worldskills de 2013, em Leipezing, na Alemanha, com a passagem intermediária em São Paulo, onde será realizada a etapa nacional."

Reflexões para o dia d@s professor@s!!


And congratulations on all the effort you have spent - or will - on your Education.

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