14 junho, 2011

Aprender é só querer?

Material apropriado, recursos multimída e um mediador são necessários, mas primeiro precisamos querer. Conheço muitas pessoas que passaram anos fora do país, totalmente mergulhados em uma outra cultura, mas mal sabem se virar na língua que viram nas ruas ou ouviram diariamente na TV por anos, ou ainda que lêem em tantos websites- mesmo estando de volta ao Brasil. Então querer é poder,  como naquela notícia do vendedor de rua que fala inglês com seus clientes, tão discutido mês passado. Será que é só isso? 


Feliz ou infelizmente, não. As pessoas tem estilos de aprendizado diferentes, assim como graus de autonomia e níveis motivacionais, e tantas outras variáveis. Se não fosse assim, para que um professor? Por que não teriam inventado um método universal? As diversas teorias de aprendizagem tentam cobrir todas as possibilidades, mas  a verdade é que cada um é único, por isso a pior coisa que você pode fazer com você mesmo é se comparar ao outro.


Por outro lado, já que não é tudo inspiração, é preciso a tranpiração. Explico: o melhor jeito de aprender uma coisa é fazendo! Nossos programas são baseados principalmente na abordagem comunicativa situacional, ou seja, comunicação efetiva em uma determinada situação. Mas uma pessoa interessada, esteja estudando ou não, pode fazer mais nos dias de hoje. Ou você nunca ouviu falar em 'rede social'? Eu sempre digo aos meus alunos para colocarem seus perfis no Orkut ou Facebook na língua que estão estudando, pois já sabem os botões e links "de cor", e vão aprender a usar novas palavras. Muitos riem e acham que estou brincando...


Além disso, nosso cérebro tende a lembrar mais do que é associado a alguma emoção, e tem muitas coisas melhores que fazer amigos? Em outra língua? Lendo um artigo sobre o uso da net para aprender um idioma, encontrei: 
"Para Cíntia Borher, pedagoga especialista em educação a distância s, esse tipo de aprendizado não apenas é eficaz, como também é a melhor forma de conhecer outra língua na internet. "Na minha opinião essa forma é a que mais funciona, pois é viva e dinâmica. Além disso, cria vínculos afetivos, atiça a curiosidade e motiva o aluno constantemente", diz."




Blogs com dicas do idioma, sites na própria língua estrangeira ou de "estudo"; vídeos on-line como no Youtube  e tantos outros recursos estão aí para serem aproveitados. Talvez não seja "só" querer, mas é o que pode estar faltando para "arejar" sua prática e aprendizado!

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